Há algum tempo estamos passando por grandes dificuldades que estão ocorrendo não apenas em nosso país, mas também em grande parte dos outros países do mundo. Estamos em um estágio da evolução do planeta em que o acontecimento de tragédias, guerras e o capitalismo desenfreado ainda são situações recorrentes no nosso cotidiano. Porém, é preciso saber que a harmonia íntima depende apenas de nós, e não do que acontece externamente. Mediante essa afirmação, quais são as atitudes que devemos tomar para conquistar e manter essa harmonia?
Na teoria do Carma, podem existir três tipos diferentes de carmas: o egocarma, o grupocarma e o policarma. O egocarma é saldo do relacionamento de nós com nós mesmos. Dentro dessa perspectiva, o quanto estamos satisfeitos com nós mesmos? O quanto nos tratamos bem? O primeiro passo para ter harmonia íntima é aperfeiçoar o nosso autoconhecimento, procurando nos entender cada vez mais, e com esse entendimento, procurar nos melhorar cotidianamente. Se existe algo no qual estamos insatisfeitos conosco, seja uma fissura na personalidade, seja por nossa aparência, seja por nossa saúde, é preciso trabalhar para que essa condição que propicia a insatisfação seja superada. É claro que isso não ocorrerá de maneira instantânea: toda mudança profunda demanda tempo. Porém o simples fato de identificar o que está nos incomodando e trabalhar em cima disso já é motivo de satisfação pessoal, pois é fascinante descobrir cada vez mais sobre nós mesmos e saber que é possível se melhorar a cada dia.
Já o grupocarma, é o saldo do relacionamento de nós com o nosso grupo, ou seja, aquelas pessoas que convivemos hoje ou já convivemos em outras vidas. São as famílias que já tivemos, nossos colegas de trabalho, nossos amigos, pessoas com as quais tivemos relacionamentos. A convivência sadia com essas pessoas também interferem no nosso nível de harmonia íntima. Claro que estar em harmonia com os nossos grupos de convívio não significa concordar com tudo o que os outros fazem sem questionamentos. Na verdade, significa entender o momento evolutivo do outro, entender suas potencialidades e também suas dificuldades, e procurar ajudar na medida do possível. Para mantermos a nossa harmonia íntima, é preciso sermos autênticos, e isso exige muitas vezes ter um posicionamento forte, mas é possível ter esse posicionamento com respeito as pessoas ao nosso redor.
A relação cármica mais avançada dentre essas citadas é o policarma, que é o saldo do relacionamento de nós com a humanidade e seres em geral, pessoas que nunca antes convivemos ou que passaram por nossas vidas. As pessoas que se sentem bem consigo mesmas, o que pode significar que tem o saldo egocármico positivo; que convivem bem com o seus grupos, o que pode significar tem o saldo grupocármico positivo; já tem bagagem o suficiente para trabalhar em prol de um bem maior e atingir com o seu trabalho pessoas que nunca tenham passado por sua vida antes. Essa condição favorece muito mais a harmonia íntima, pois a pessoa tem a certeza de estar contribuindo com o desenvolvimento da humanidade, e essa certeza contrabalanceia todos os acontecimentos negativos que ainda ocorrem no nosso planeta. A pessoa sente que está fazendo a sua parte para tornar o mundo um lugar melhor, e isso é grande favorecedor da harmonia íntima.
Enfim, o sentimento de harmonia íntima em meio ao aparente caos não é algo fácil de se conquistar. Mas para os interessados, faço o convite a analisar todos esses aspectos citados anteriormente e verificar o quanto eles fazem sentido, e o que é possível começar a aplicar ainda hoje. Pode ser que fazer um trabalho em prol da humanidade seja algo mais ao longo prazo, mas por que não começar a gostar de nós mesmos ainda hoje? Por que não parar de pensar mal de nós e das pessoas dos nossos grupos de convivência? Existem muitas atitudes sadias que estão ao alcance de nossas mãos, basta nos posicionar para tal.
Os aspectos cármicos da nossa existência também são considerados na Terapia Lumni, então fica aí o convite para quem quiser conhecer mais.
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